Perfis empreendedores criam ideias, adequam-se às necessidades cotidianas e, por vezes, somam com práticas de sucesso já aceitas no mercado. Diversos motivos aguçam o sonho daqueles que procuram comandar seu próprio negócio, trabalhar com algo que acentue o desejo de superar desafios, mirando nos resultados que possam ser alcançados e superados.


Diante disso, emerge no mercado a busca pelo sistema de franquias, com extensão de modelos que se tornaram figuras de sucesso. O formato engloba todos os aspectos do funcionamento, antes mesmo da unidade iniciar sua operação, mediante treinamentos, orientações, seleção e rigor no uso dos manuais, o que traduz a característica mais relevante do sistema de franquias e garante o seu sucesso.


Um dos principais alicerces do sistema é a boa prática jurídica, que parte do princípio dos critérios de escolhas mútuas. Aquele que adere à franquia busca se identificar ao máximo com o negócio proposto, e o franqueador encampa uma busca pelo franqueado ideal que faça jus ao negócio formatado.


A análise estratégico-jurídica também permeia a formatação do negócio franqueado, relativizando estudos do mercado, estratégias de marketing, escolhas setoriais de localidades e público a ser beneficiado. Na Escola Superior de Advocacia do Ceará, estamos acompanhando esses assuntos, com a realização de eventos e atividades que auxiliem a advocacia nessa seara.


Todo negócio a princípio é franqueável, mas deverá seguir padrões técnicos, jurídicos e dentro da margem segura sobre os riscos. Por isso, estudar de forma cautelar o negócio proposto, escolher marcas já consolidadas no mercado, expender uma análise criteriosa do modelo, conhecer outros participantes, além de criar um planejamento para o retorno do capital investido, são fundamentais para investir no modelo de franquias.


Átila Gomes Ferreira é advogado, presidente da Comissão de Estudos de Franquias da OAB-CE e diretor para a Jovem Advocacia da ESA-CE.